O protagonismo feminino na agricultura promove a equidade de gênero, estimulando o desenvolvimento econômico e sustentável dos negócios rurais. Além de contribuir para o avanço global na produção alimentícia, diversas mulheres assumem posições de liderança no Brasil e no Mundo.
Este protagonismo cresceu a partir do "abandono" de muitos homens chefes de família, que largaram suas mulheres no campo, foram trabalhar na cidade e nunca mais apareceram. E daí nasceu a mulher forte, batalhadora e guerreira, que assumiu a chefia da família, arregaçou as mangas, e partiu para produzir seu sustento e de toda sua família.
Nós, mulheres, desempenhamos um papel crucial na agricultura do mundo todo, especialmente em países em desenvolvimento como o nosso, onde representamos uma parcela significativa da mão de obra agrícola. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), 43% da força de trabalho agrícola é composta por nós mulheres. ( Cerca de 1,3 bilhão de mulheres).
A importância da nossa coragem e protagonismo na agricultura decorre de nossas contribuições em diferentes aspectos desse setor, pois estamos envolvidas tanto em tarefas operacionais quanto em papéis de liderança, onde aumentamos nossa presença e influência nos processos produtivos e de tomada de decisão(gestão).
Apesar de historicamente ser considerado um segmento masculino, a nossa contribuição é fundamental para o desenvolvimento e crescimento do agro. A nossa competência feminina é vista em todos os processos do agro, como no planejamento, na administração da propriedade e na segurança do trabalho. Trabalhamos com muito mais cuidado e por isso acontecem bem menos acidentes conosco.
Portanto, é fundamental políticas públicas apoiando e incentivando a participação feminina no agronegócio, reconhecendo o seu papel transformador e valorizando o seu legado de sucesso. As políticas públicas para mulheres no agro visam promover a igualdade de gênero e raça, além de garantir o acesso a recursos financeiros, serviços e projetos.
